sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Coração Incógnita

Senti que estava perto de ir embora.

Meu coração vivia uma incógnita: Dizer ou me calar?

Sabia que corria o risco iminente de não surtir efeito. De verbalizar e morrer na idéia.

Mas e se você também se indagasse? E se seu coração também palpitasse desesperadamente por uma saída?

Tanto tempo procurei resposta, sem perceber que tinha errado em fazer a pergunta.

Ela chegou muito antes. Errou e te ganhou de presente.

Você sempre tão simpático e tão tolo. Típico ideal. Caiu. E se foi.

Hoje me contam um resumo vagabundo de sua vida.

Mas dizem que o resumo faz jus a tudo que é seu.

Dizer ou me calar? Pois digo, hoje sou bem mais impassível e delinqüente.

Talvez verbalizasse e não surtisse efeito, mas dessa vez não morreria na idéia.

Porque eu era o ideal.

Todo mundo soube.

E hoje ela lamenta porque não fui eu quem estive ao seu lado.


Quem não lamenta sou eu.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sentimento & Gramática


Se sinto, ponho vírgula e vou ao ponto. Mas falho e com três pontinhos sinto de novo.
Tão logo me dói, como um acento agudo, cada vez que meu coração bate na solidão de uma crase à deriva.
E entre colchetes me pego de surpresa com minhas próprias reticências e apóstrofos, me deixando muda como um trema em ambigüidade.
É quando surgem dois pontinhos e me lembram o agourado sentimento. Ponto e vírgula já estou triste.
Um travessão aparece me alertando, carregado de circunflexo pesar cheio de pânico.
- Que a solidão não a devore ou a amoleça, pois ainda haverá muitos “diacríticos” pela frente.
Faltou dizer o que passou nas bordas das linhas.
Que o que fica entre parênteses é o vazio.
E dentro do parêntese que sou ainda tenho a “sorte” de me restar a bagunça.

terça-feira, 23 de março de 2010

Cansaço

Ela massageia as pálpebras. Depois olha para o relógio. E encara o telefone por um tempo.

Solta o ar do cansaço pelas narinas. E encara o telefone mais uma vez.

Sabe que ninguém vai ligar. Sabe que olhar desesperadamente para o telefone não vai fazê-lo tocar. Mas sabe também que queria muito atender aquela ligação.

Ela se deixa distrair com alguns pensamentos. Não pensamentos bons, mas os que tinha em mente.

Se odiou por um momento. Se odiou por se preocupar demais com aquela pessoa.

Você nem acha que ela se importa. E tem muita raiva, porque sabe que ela não deveria mesmo.

Ai você olha para o telefone, mais uma vez. Ele continua mudo. Parado. Nostálgico demais.

E tem vontade de pegá-lo e discar os números. Só que você sabe que é errado. Então você briga dentro de si, em busca de uma escolha.

E se odeia de novo por isso.

Só que agora você não odeia apenas a si mesma. Você odeia o telefone, você odeia quem não liga e começa a odiar o mundo.

É com cansaço que você massageia as pálpebras mais uma vez,

Toma um analgésico com fanta e se rende.

Vai dormir.

Se sentindo a pessoa mais sozinha que conhece.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Saudade.

E quando o pêndulo bater tão profundamente, você sabe, de todas as maneiras, que não haverá solução capaz de emergir daquela distância. Você pode esperar o tempo que for, mas nunca haverá tempo necessário. Por que quando achamos que esquecemos, é justo quando descobrimos que não podemos mais esconder tudo aquilo... de nós mesmos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pura tortura.

Já diziam os inquisidores: "A dor purifica a alma".
O que significa que, nós mulheres, vamos direto para o céu. Porque, se parar para analisar, nós passamos pela inquisição a cada 28 dias ¬¬.
Se fosse possível, "Cólica" estaria na listinha de "travessuras" daqueles senhores.


P.S.: Que comparação mais.... .-. Pois é, isso é o que dá estudar demais. :/

segunda-feira, 18 de maio de 2009

I do appreciate you being round.

Tempos difíceis para Ed Kennedy.
Diz o Markus Zusak, nas páginas de seu livro.
E eu me pergunto se o Ed Kennedy sou eu.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Olá, bloggers amigos [imaginários ou não]!

E aqui vamos nós!

Bom, devo confessar que ainda não sei quem vocês são, pois ainda não deram as caras por aqui. Mas o convite estará sempre de pé!
E que tal uma sopa de letrinhas?
Ou uma vitamina lexical?
Venha, pode vir, o nexo nos manda lembranças a todo instante, mas o pé ele sempre arreda daqui!
Também não se sintam apressados em mostrar presença, nem muito menos pressionados.
O importante é apenas algum dia chegar a juntar as palavrinhas desse blog e sobreviver ou fazer resistência.
A opinião aqui é o nosso capital.
A moeda sustentadora dos “nonsenses anônimos”, também conhecido como “Inteligência N.A”. Ou “Inteligência que Ninguém Agüenta”, para as palavras mais mundanas.

Mas então, e o conteúdo? E a cultura? Bem, dessas, será preciso ter maior paciência, elas estão sendo cultivadas em estufas devaneias, há quem diga que vez por outra uma flor ganha vida e espirra algumas letrinhas interessantes.
De qualquer modo, sendo escrito ou escarrado, essas letrinhas aparecerão por aqui.
É só esperar.

Mas para tentar ser breve, sendo assim tão enigmática, serão postadas aqui histórias, desde trágicas a engraçadas, verdadeiras ou meros caprichos da imaginação.
Sobre mim... não há o que falar agora, visto que lá na frente vocês saberão demais sobre o meu mundo e minha visão sobre ele.

Por agora, fica o convite e a vontade de chutar algumas letrinhas ao seu alcance.
Qualquer dúvida será completamente normal, qualquer entusiasmo é mera coincidência e qualquer socorro... estamos nos preparando para isso!

Ah, mas que falta de educação, a minha!
Me chamo Jéssica de Oliveira, prazer!
E o seu?