Senti que estava perto de ir embora.
Meu coração vivia uma incógnita: Dizer ou me calar?
Sabia que corria o risco iminente de não surtir efeito. De verbalizar e morrer na idéia.
Mas e se você também se indagasse? E se seu coração também palpitasse desesperadamente por uma saída?
Tanto tempo procurei resposta, sem perceber que tinha errado em fazer a pergunta.
Ela chegou muito antes. Errou e te ganhou de presente.
Você sempre tão simpático e tão tolo. Típico ideal. Caiu. E se foi.
Hoje me contam um resumo vagabundo de sua vida.
Mas dizem que o resumo faz jus a tudo que é seu.
Dizer ou me calar? Pois digo, hoje sou bem mais impassível e delinqüente.
Talvez verbalizasse e não surtisse efeito, mas dessa vez não morreria na idéia.
Porque eu era o ideal.
Todo mundo soube.
E hoje ela lamenta porque não fui eu quem estive ao seu lado.
Quem não lamenta sou eu.